sábado, 18 de agosto de 2018

D Gray man


Allen Walker é um jovem recém contratado por uma organização incumbida de eliminar os terríveis akumas e destruir os planos do Conde do milênio, uma estranha criatura que criou os akumas com o propósito de varrer a humanidade do planeta para assim ter a Terra toda a sua disposição e livre de humanos. Os akumas são demônios criados a partir de almas humanas desencarnadas que são deliberadamente invocadas por seus entes queridos na triste tentativa de conceber-lhes novamente um corpo, quando na verdade essa é uma artimanha que o Conde do milênio utiliza para ludibriar tanto os entes queridos quanto as almas em questão. Ao invocar a alma, esta fica sob o controle do Conde que a imanta numa espécie de esqueleto postiço e cruelmente a ordena que assassine o ente querido que a invocou, para assim ter posse de seu corpo de maneira a se encarnar nesse corpo. Em seguida, o corpo se deforma horripilantemente e adquire aspectos dantescos juntamente com uma mente parasitada pelos poderes do Conde que a programa para que a todo instante vá a caça de humanos e os aniquile.


A ordem negra, que é a organização secreta na qual o protagonista Allen Walker se afilia, utiliza os exorcistas para encontrar e destruir os akumas, mas a principal meta é destruir o próprio Conde do milênio. O Conde além de ter o foco vital de assassinar humanos, também visa bastante a destruição de todas as fragmentações da “innocence” que na verdade eu ainda não entendo sobre o que realmente se trata, mas me parece algo como um ovo da vida que Deus largou na Terra e destruindo por completo esse ovo é possível ocupar o lugar de Deus na criação. Por outro lado, a ordem negra visa recolher todas as fragmentações da innocence com uma finalidade por demais nebulosa para que eu consiga transpor em palavras. A ordem negra se vale de alguns fragmentos de innocence para engendrar grandes poderes nos exorcistas capazes de se sincronizarem com as mesmas. Bom, o que escrevi até aqui é apenas a premissa básica do anime. Há tantos por menores e tramas paralelas em questão que seria praticamente impossível colocar tudo num único artigo, até porque apesar de D Gray man conter duas temporadas de animes já finalizadas ultrapassando mais de 100 episódios fodasticos, ainda há o mangá em andamento. O mangá apesar de ser inacreditavelmente ótimo e envolvente, demora muitas eternidades para lançar novos capítulos, suponho que já faz pouco mais de 1 ano que cessei de acompanhar o mangá, mas pretendo voltar em breve pois provavelmente lançaram alguns capítulos nesse período (espero que tenham lançado vários capítulos).  


D Gray man é uma obra que se passa num final fictício do século 19 e preciso dizer que isso foi uma excelente escolha pois tal época por si só já possui uma atmosfera sombria e insalubre que se encaixou perfeitamente ao anime. D Gray man com seus maravilhosos traços tipicamente seinen e uma trilha sonora que evoca uma sensação de thriller, explora com eficácia o conceito de bem e mal e revela que a linha que os separa é tão tênue que muitas vezes o considerado bem se transforma em mal e o mal em bem e no fim das contas você acaba descobrindo que nunca existiu algo totalmente mal ou algo totalmente bom, mas tão somente o que as circunstâncias instigaram e construíram.



sábado, 11 de agosto de 2018

Death Parade

 
Apesar das tantas filosofias e estudos espiritualistas acerca do pós morte, esse inexorável acontecimento nos continua sendo um mistério tão voraz quanto a própria existência da vida.  E se após a morte você fosse conduzido à um bar no estilo Las Vegas onde terá de disputar contra algum outro falecido um jogo que decidirá teu paradeiro? A reencarnação ou o vazio. Eis as únicas opções de destinação para as almas. Essa é a premissa de Death Parade, um anime com poucos episódios, mas soberbo em suas propostas reflexivas e até mesmo provocantes. Como julgar adequadamente uma alma humana? Esse é o maior desafio para os juízes, especialmente para o juiz que protagoniza essa obra, levando-o a encarar uma profunda crise psicológica ao constatar que o sistema de julgamento das almas humanas é algo extremamente arbitrário e abominável. Os humanos são julgados por criaturas não humanas que se valem de esquemas formulados para instigar o máximo de malignidade nos humanos, colocando-os sob situações de profunda angústia e desespero. Aquele que se revelar mais maligno é direcionado para o vazio, enquanto o que se revelar menos maligno é direcionado para a reencarnação. O vazio é uma dimensão de banimento onde a consciência é dissolvida num vácuo existencial. A reencarnação é o reenvio da alma para animar algum outro corpo no mundo dos humanos.
 
 
Embora a sinistralidade de sua proposta, Death Parade é um anime permeado por uma atmosfera bem humorada que acaba deixando a trama um pouco mais leve e com digestão menos pesada. A obra adquire um valioso contraste quando os juízes se deparam com uma pessoa recém falecida que recorda perfeitamente sobre a sua morte (o que é bastante raro). Os juízes decidem abortar seu julgamento por um tempo até resolverem o que fazer com aquela alma. Nesse ínterim, essa pessoa é convocada para ser parte do júri, e a partir disso, o juiz protagonista começa a se questionar sobre o método de julgamento, uma vez que a humana lhe está fornecendo pontos de vista que vão além da alçada autômata e exclusivamente racional do julgar comum, pois até então nunca se havia levado em conta algo extremamente importante: as emoções humanas.

 
Death Parade transmite muitos pensamentos acerca do viver e do morrer, mas a principal mensagem é de que por mais estranha e efêmera que seja essa vida, ela é única e merece ser aproveitada da maneira mais elevada possível.



terça-feira, 7 de agosto de 2018

Porque assistir animes?


Os japoneses além de possuírem uma cultura e intelecto invejáveis, dispõe de uma sensibilidade tão incrível quanto a capacidade de transmiti-la. Esses dons desaguaram todos de maneira extremamente conveniente e praticamente simbiótica na linguagem artística denominada ‘anime’. Os animes costumam abordar histórias altamente complexas e dotadas de um profundo mergulho nos labirintos da alma e mente, pouco importando se o mundo conhecido como sendo o mundo real se dissolve para ceder lugar a mundos onde são perfeitamente cabíveis as tramas e os dramas de ficções e sobrenaturalidades várias. A trilha sonora, o enredo, os personagens, o modo quase que divino de insuflar vida num desenho, são os meios nos quais os animes seduzem qualquer um que possua o mínimo de gosto por algo mágico. Assisto animes desde a tenra infância. Lembro-me de sentar no chão da sala da casa dos meus avós e assistir na extinta rede manchete Cavaleiros do Zodíaco e Shurato enquanto bebia um copão de vitamina de abacate preparado pela minha avó. Esse era sempre um momento muito especial onde eu ficava completamente hipnotizado e fisgado por aquelas animações que cintilavam na tela da televisão como que uma espécie de manifestação fantasmagórica ou espiritual. E por falar em fantasmas e espíritos, os animes costumam explorar com excelência esses assuntos, aliás, ouso dizer que essa é uma característica régia dos animes:  lidar com o metafísico. Os orientais possuem uma visão predominantemente holística da vida, para eles o material e espiritual são um só e isso é refletido nos animes. A primeira vez que ouvi falar sobre o mundo espiritual fora através de um anime, e sendo eu um ser com stellium em escorpião, automaticamente me senti bastante atraído por tal temática. 


Porque assistir animes? Essa é uma pergunta que merece ser respondida não por você, mas pelo teu espírito. Pois a sensação de assistir a um bom anime é algo que palavras não descrevem. Ainda hoje, aos vinte e cinco anos de idade, sinto aquele frio na barriga e aquele sentimento de precoce nostalgia tanto ao assistir um anime quanto a finalizar um anime. Eu diria que assistir ao último episódio de um anime no qual você esteve completamente imerso e envolto, é algo tão diabolicamente especial que acaba sendo comparável ao término de um importante namoro ou algo assim. Eu assisto animes porque gosto da sensação que eles me provocam, gosto dos sentimentos que eles me afloram, e gosto principalmente das valiosas reflexões e insights que eles me proporcionam. “Se eu não puder matar a Priscila, tudo perde o sentido”. Frase não muito ortodoxa proclamada num anime nada ortodoxo chamado Claymore. Essa é uma das distopias que você encontrará no mundo dos animes, e caso você passe a assistir animes não como um espectador sedento por mero entretenimento, mas sim como a um amante das artes e investigador da vida, estejas preparado para perder o significado do bem e do mal, do certo e do errado. Pois tais conceitos são puramente humanos e os animes existem numa dimensão não humana (embora utilizem-se de canais humanos para propagarem-se).


segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Paranoia Agent


Quando uma mentira atinge proporções colossais, ela se transforma numa estranha espécie de verdade irrefutável. Eis a tônica de Paranoia Agent. Um anime de poucos episódios, mas com conteúdo de abissal profundidade e intensidade. Tudo começa quando uma jovem é encontrada inconsciente caída na rua. Ela diz ter sido atacada por um misterioso garoto portador de um par de patins e um taco de beisebol. Após o ocorrido, a notícia desse ataque é veiculada em telejornais e várias pessoas de diversos pontos da cidade passam a sofrer ataques supostamente cometidos pelo mesmo meliante dos patins e taco de beisebol. Dois detetives são colocados para investigar o caso e capturar o temível ‘shounen bat’ (garoto do taco) e de fato conseguem encontra-lo, entretanto, mesmo com o rapaz na prisão, os ataques continuam ocorrendo por toda a cidade.


Um dos detetives percebe que todas as vítimas possuem algo em comum: todas foram atacadas enquanto se encontravam sob situações críticas de suas vidas. O garoto preso, deduziu corretamente que era apenas um surtado que acreditava piamente ser o ‘shounen bat’. Isso fora mais que o suficiente para que ele decidisse cessar as investigações e dar o caso por encerrado, uma vez que estava por demais explícito que os ataques não eram advindos de um psicopata, mas sim de uma elevada histeria coletiva. Todavia, seu colega resolveu crer fervorosamente que o ‘shounen bat’ dispunha de uma existência praticamente sensível e real de modo que decidiu encontra-lo e captura-lo a qualquer custo. Evidentemente isso lhe custou a sanidade... Paranoia Agent é uma obra que explora os recônditos cavernosos da psiquê humana e expõe a podridão que as criaturas humanas possuem tanto em suas almas quanto em suas mentes, principalmente quando encurraladas nas mais desesperadoras situações. E como a um eco cristalizado, a advertência que ressoa em cada episódio é a seguinte: Cuide da vossa mente pois o inconsciente coletivo é mais poderoso do que sequer imaginamos.


Preciso dar um destaque especial para o quadro final dos episódios onde aparece um idoso maluco trajado elegantemente na Lua e informando com uma linguagem quase que criptografada, como será o próximo episódio. Isso cedeu um perfume maravilhosamente enigmático ao anime, pois nesse momento, há ao fundo um som ruidoso de canal de tv fora do ar e tudo isso misturado a imagem do velho na Lua com a Terra atrás fornece um grande e genial sentimento de WTF!!??







domingo, 5 de agosto de 2018

Ghost in the shell


Esquecerei os episódios dos animes e o recente filme protagonizado pela bela Scarlett Johansson, e dissertarei tão somente sobre a animação de 1995, um filme genial que para mim é uma verdadeira obra prima. Ghost in the shell é uma espécie de utopia cibernética situada num futuro não muito distante. Em meio ao ambiente cosmopolita da icônica cidade de Tokyo, androides biomecânicos convivem juntamente aos humanos numa existência tecnocrata onde Kamisama (Deus) aparentemente cedeu seu posto para os códigos binários e ao quantuum. A humanidade não somente alcançou a tão almejada imortalidade, mas também um novo plano de existência onde a vida se perde e se une às nuvens de dados. Nesse cenário é perfeitamente possível transpor as memórias humanas num corpo artificial e carrega-las de modo ao corpo artificial existir como sendo um autêntico humano. Contudo, esse modo de vida sucinta muitas crises de identidade, pois afinal, somos as nossas memórias ou algo além disso? Tal problemática aumenta quando há a possibilidade de se estar vivendo sob o amálgama de falsas memórias.


Os androides biomecânicos, isto é, os humanos que transpuseram seus cérebros e memórias para um corpo artificial, gozam de uma existência onde também é possível existir sem um corpo, fazendo-se uso explícito e direto do inconsciente coletivo que é uma grande rede onde as mentes se conectam e partilham informações entre si. Ao contrário da maioria dos filmes de ficção científica onde a criatura humana entra em conflito com a tecnologia, em Ghost in the shell a tecnologia é uma verdadeira mãe que possibilita a humanidade chegar mais perto da própria vida e isso é bastante irônico pois ao mesmo tempo que a tecnologia os afasta da natureza e de tudo aquilo que é oficialmente considerado como sendo vida, a tecnologia assim também os aproxima da vida pois quanto mais complexa se torna a tecnologia, mais semelhante ela fica para com a vida, revelando que no fundo toda a criação de Deus é fruto de uma magnânima tecnologia. O filme narra a história de uma agente que combate hackers especialistas em burlar os softwares dos androides biomecânicos de maneira a invadirem o inconsciente coletivo e implantarem vírus nocivos à humanidade tanto orgânica quanto a artificial (sendo que praticamente não existem diferenciações entre os humanos orgânicos e os artificiais). Essa agente além de estar combatendo os hackers, também se encontra num combate interno na tentativa vã de entender a origem de si mesma. Não se sabe se algum dia ela fora humana ou se já nascera na condição de ciborgue com memórias implantadas. Isso é muito interessante pois abre a possibilidade da existência de almas artificiais. Ghost in the shell brinca a todo instante com o real e o irreal no velho dilema: o que realmente é real ou irreal? Bom, se quiser saber a minha opinião: não acredito que exista algo irreal. Tudo o que possui algum tipo de existência é real, pois a partir do momento em que algo existe, esse algo é real. Simples assim.


Para uma produção de 1995 foi extremamente interessante observar o modo praticamente premonitório como trataram a questão de algo semelhante a internet e os gadjets atuais. Ghost in the shell evoca o transhumanismo e dá uma pista sobre o que será o nosso futuro: uma fusão entre a ficção e a realidade com a tecnologia exercendo a função de pontífice. 


sábado, 4 de agosto de 2018

Serial experiments Lain


Esse anime segue uma ordem de acontecimentos nada racionais ou concretos, para os que possuem uma mente nesses parâmetros, com certeza será um tanto impossível a compreensão desta obra. Lain é uma garota tanto estranha quanto enigmática que se vê seduzida por um suicídio de uma colega da escola. Seduzida? Sim. Principalmente após receber um e-mail da mesma já no pós morte. Imagine... Você acessa sua caixa de entrada e se depara com a mensagem de alguém falecido… No e-mail, a colega suicida dizia sobre não estar unanimemente morta, mas vivendo sob uma diferente condição de existência. Existência esta situada nas conexões de algo chamado ‘wired’. Wired é uma rede semelhante a internet (que no futuro muito provavelmente será o próximo estágio de nossa atual internet). Wired possui um plano de existência tão intenso e real quanto qualquer mundo considerado real, mas opera principalmente a nível de informação onde o ente não precisa necessariamente de um corpo para conseguir existir. Ao decorrer do anime, Lain mergulha cada vez mais fundo no oceano da wired e se encontra em situações que a levam ao questionamento veemente acerca de sua própria natureza de ser e acerca da natureza do real e do irreal, cuja as barreiras que os separam são tão tênues que se torna algo impossível declarar o que de fato é real e o que de fato é irreal. Hackers da wired denominados ‘knights’, passam a auscultar sobre a existência dúbia de Lain, que dentro da wired possui uma personalidade completamente distante de quando atuante no mundo offline. Dois misteriosos agentes começam a investigar a vida de Lain no mundo offline, fazendo-a ficar ainda mais confusa e intrigada acerca de sua vida e de sua personalidade. Tal quadro se agrava quando sua própria família e amigos subitamente parecem estar totalmente alheios ao seu contexto de existência como se ela fosse uma completa estranha em suas vidas, e isso fornece à Lain uma profunda perturbação mental. Em meio a tal crise de identidade, coisas muito estranhas-intrigantes-interessantes passam a acontecer na vida de Lain e o resultado disso é algo tão inimaginavelmente complicado de descrever em palavras que me absterei por enquanto. 


Serial experiments Lain explora muito os conceitos de Deus, realidade, existência, alma, eternidade. Colocando uma certa ênfase nesse poderoso e ainda desconhecido instrumento chamado mente, que ao meu ver, é o principal construtor das vidas. No fundo tudo sempre possui algum substrato mental. O inconsciente coletivo que o diga... Serial experiments Lain é um anime que possui uma trilha sonora minimalista, contudo, bastante oportuna. Destaque para os ruídos de estática elétrica que fornecem uma atmosfera muito interessantemente conspiratória juntamente com o aroma de um perfume abstrato que contém os postes de eletricidade que aparecem nesses momentos.


A princípio, esse anime se manifesta como a um sonho confuso e altamente abstrato, mas aos poucos é perfeitamente possível ir juntando as peças e montar o maravilhoso quebra-cabeça que é esse anime.


Claymore


Claymore é um anime que lhe surpreende principalmente por conta da absurda capacidade de síntese de seus episódios, que apesar de conterem uma alta densidade de acontecimentos, ainda assim conseguem lhe fisgar e transmitir aquela energia de horror, mistério e beleza que regem todo o anime. Sem contar a intensidade do enredo e o modo genial como transmitem tantos acontecimentos em pouco mais de 20 minutos que é aproximadamente o tempo de duração de cada episódio. Talvez seja esse o trunfo desse anime: o ritmo. A trama flui num ritmo tão envolvente que sequer abre espaços para bocejos ou pensamentos vãos. Tudo isso envolto numa trilha sonora bastante pertinente que cabe sempre como uma luva em cada cena, com destaque para as cenas mais mórbidas que contam com um instrumental sombrio regido por uma linha de baixo um tanto maravilhosamente macabra. Claymore conta a história de Clare, uma menina marcada pelo trauma relacionado aos Youmas. Youmas são demônios que adoram devorar vísceras humanas. No decorrer de sua infância, Clare acaba sendo indiretamente resgatada das garras dos Youmas através de uma estranha guerreira portadora de uma espada enorme denominada de claymore. Essa guerreira é Teresa, a mais poderosa das ‘claymores’ como o chamam os humanos por conta dessa enorme espada chamada ‘claymore’ cuja toda guerreira porta. Clare se une a Teresa num peculiar vínculo afetivo que consequentemente se evolui para algo mais profundo: tal vínculo se transforma na missão e sentido de vida da Clare. Posteriormente Clare também vira uma claymore. Essas guerreiras obedecem ordens de uma estranha organização que cobra financeiramente dos humanos a proteção contra os Youmas. Quando alguma cidade ou vilarejo é vilipendiado por Youmas, os habitantes clamam pela intervenção das claymores, que são contratadas para exterminarem os Youmas. O curioso é que elas jamais recebem os pagamentos, mas tão somente a organização. Quando as missões são concluídas, automaticamente surge um homem enigmático que recolhe o pagamento dos habitantes e depois desaparece. Caso as missões não sejam finalizadas e as claymores morram nas batalhas, os habitantes ficam isentos de pagar. O anime se passa num período medieval e possui uma escala de cores frias e opacas puxadas à nuanças cinzentas. Algo como um perene dia nublado que fornece toda uma atmosfera peculiar e interessante de se habitar, principalmente para os que assim como eu, possuem alguma escorpianice em suas almas. Claymore dispõe de 26 episódios e está relacionado a categoria de animes seinen. Há também o mangá que provavelmente dispõe de uma continuidade maior, pois o anime se encerra com algumas lacunas que dão a entender que o episódio derradeiro não é um ponto final, mas sim reticências... (apesar de que já fazem 11 anos que lançaram o último episódio do anime e até agora não saiu uma segunda temporada). Confesso que a primeiro momento a animação de Claymore não me agradou, havia algo na animação que eu considerava como sendo um trabalho mal acabado e feito às pressas, e de fato tudo indica que Claymore realmente foi produzido com um curto prazo de tempo e recursos, e possivelmente fora exatamente isso que fez de Claymore um anime tão unicamente especial e envolvente, talvez não seria assim caso houvesse um maior período de tempo e recursos destinados a sua produção.


Pitaco sobre o mistério maior da trama: Acredito que assim como as guerreiras claymores foram criações da organização, os youmas também o foram. Porque? Um meio extremamente eficaz de se extorquir a humanidade e controla-la. Você insere um problema e automaticamente disponibiliza também a solução deste problema.